Colégio particular do RJ abre as portas para alunos de escolas em greve
Escola de Austin, Nova Iguaçu, permite alunos como ouvintes.
Eles não pagam nada para acompanhar as aulas.
Do G1 Rio
Com a greve na rede estadual de educação do Rio de Janeiro, um colégio particular de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, teve a iniciativa de abrir as portas para os estudantes que estão sem aulas.
A estudante Karen Cavalcante Pacífico voltou à sala de aula quando já estava prestes a desistir de fazer a prova do Exame nacional do Ensino Médico (Enem). Karen está no terceiro ano do Ensino Médio e esperou muito tempo pelo fim da greve, mas agora começou a assistir as aulas em outro colégio.
“Como é que eu ia fazer o Enem? Não tinha como, né? Agora estou mais tranquila, depois que eu vim pra cá”, disse a estudante.
O professor Jorge Galdino explica o quanto a matéria nessa reta final é importante para o exame. “As aulas que ela não está tendo na escola pública, ela tá conseguindo equilibrar e recuperar aqui dentro da escola. A história é um conteúdo fundamental, eles precisam disso. E aí é importante pra colaborar pra que ela tenha um sucesso no final do ano”, disse o professor Jorge Galdino.
A escola particular que abriu as portas fica em Austin, em Nova Iguaçu. Doze alunos já pegaram carona nas aulas e muita gente também já está de olho, já que o telefone da diretora não para.
“Nós não esperávamos que que seria tanta procura e ficamos mais surpresos ainda de saber que são pessoas do estado do Rio inteiro. Todo mundo preocupado, querendo estudar, achando que vai perder o ano”, disse a diretora Shirley de Souza Duarte.
Os alunos que procuram a escola não pagam nada para acompanhar as aulas. A direção separou algumas vagas para eles, enquanto a greve continuar.
A estudante Lorena Nascimento também está aproveitando a oportunidade, pois no colégio onde ela está matriculada, só tem professor de três matérias. Ela assiste a todas as outras na escola particular.
“Estou achando ótimo porque eu gosto de estudar então, eu estou vindo estudar aqui e estou conseguindo acompanhar aqui o que eu não estou acompanhando lá, porque estou sem professor”, disse Lorena.
Fonte: G1