A Patcamargo e a Patricia Marinho do site Tamo Junto, volta e meia recebem pedidos de brincadeira que contemple crianças com deficiências. Por conta disso achei legal publicar este post, Elas foram buscar informação com especialistas no assunto, que pudessem nos orientar sobre dicas para adaptar brincadeiras possibilitando a inclusão.
Um destes grupos que Elas buscaram foi a Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, ou simplesmente, Laramara, uma das referências em atenção à criança com deficiência visual de São Paulo. Além de conversar com os profissionais de lá, conhecer a brinquedoteca deles e ser apresentada ao livro Brincar para Todos (gratuito, de 2005), Elas acompanharam o trabalho com duas turmas de crianças e conheceram as brincadeiras feitas na Laramara.
"Saí de lá com a sensação que, com algumas ressalvas, as brincadeiras feitas lá eram próximas, senão iguais às que fazíamos no Tempojunto. Isso ficou guardadinho. Depois de algum tempo, publicamos aqui um post falando sobre a brincadeira como sendo a mais inclusiva das atividades para a crianças. No post, duas especialistas em psicologia e neuropsicologia dão um passo a mais na explicação sobre a relação do brincar e a deficiência. Outra vez a sensação de estarmos num caminho sem tantas distinções assim nas brincadeiras e brinquedos caseiros." - Conta Patcamargo.
Tinta e sagú
"A brincadeira que aprendi no Laramara que vou mostrar precisa de materiais simples: tinta de duas cores bem contrastantes, como azul e amarelo; sagú ou bolinhas de isopor e papel sulfite ou tipo craft."
Separe as tintas em duas vasilhas grandes, em que as crianças possam colocar as mãos livremente. Em uma delas, coloque o sagu ou as bolinhas de isopor (precisam ser das bem pequenas).
Deixe a outra sem nada.
Chame as crianças para brincar. Estimule-as a criar desenhos com as mãos sem misturar as tintas, apenas sentindo diferença sensorial provocada pelas bolinhas. “Se para toda criança a brincadeira é muito importante, para a criança com deficiência visual ela é fundamental”, afirma Mara Siaulys, fundadora do Laramara em seu livro Brincar para Todos.
Esta é a foto que do trabalho que eles fizeram.
"O mais legal é que a brincadeira que estimula o tato e o reconhecimento as cores trabalha o sensorial em todas as crianças. Para as com cegueira total, a cor pode ser entendida pelo tato. Já as que tem baixa visão, conseguem diferenciar também pelo contraste das cores escolhidas. E as crianças sem estas deficiências experimentam também o sensorial e o visual. A boa notícia que a entrevista com a jornalista, mestra e doutoranda em Educação e Inclusão, Meire Cavalcante traz é que as brincadeiras são mesmo inclusivas e, os pais de crianças com deficiência não precisam se preocupar em adaptar brincadeiras para seus filhos."
Se você se interessa pelo assunto, vale à pena ver a entrevista com a Meire e os outros posts que fizemos sobre o assunto.
Fonte: Tempo Junto
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