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FMT TRANSPORTES - Tudo sobre Transporte Escolar, Transporte de Fretamento, Escolas, Passeios Turísticos, Culturais e Muito mais!!!

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Família FMT Transportes

6/30/2017

Fundação Planetário – Gávea


A Fundação Planetário é vinculada à Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro e conta com diversas atividades, como sessões de cúpula, experimentos interativos, observações ao telescópio, cursos, palestras e exposições a fim de difundir a Astronomia, as ciências afins e desenvolver projetos culturais.
Sessões da Cúpula
São realizadas em um planetário óptico de última geração. O visitante, acomodado em confortáveis poltronas reclinadas, assiste a projeções  na Cúpula Carl Sagan, onde experimenta a sensação de estar imerso no espaço.
Capacidade: 263 lugares
ATENÇÃO: a temperatura média da cúpula é de 18 graus.
Sábado, Domingo e Feriado – 15h, 16h, 17h   (Confira aqui a programação)
R$26,00 (R$13,00 meia)
*O ingresso de Sessão de Cúpula dá direito à visita ao Museu do Universo
Museu do Universo
De terça a sexta, das 9h às 12h; e das 13h30min às 17h; sábados, domingos e feriados, das 14h30min às 17h
R$13,00 (Inteira)/R$6,50 (Meia)

Planetário da Gávea
Rua Vice Governador Rubens Berardo, 100 – Gávea
Tel.: 2274-0046

Fonte: Roteirinho Carioca

6/27/2017

Paralisação de 24 horas no CAp UFRJ.



Bom dia! Informando que amanhã, sexta-feira, dia 30/06. Não haverá aula. Eles irão aderir a Greve Geral de 24 horas.

6/23/2017

Forte de Copacabana


Em 1763, a transferência da Capital do Brasil, para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, provocou a necessidade de serem reforçadas as defesas da Baía de Guanabara, através de Fortificações de Artilharia.
Em 1908, foi iniciada a instalação do Forte na Ponta da Igrejinha, no promontório que separa as praias hoje conhecidas como Ipanema e Copacabana. O Forte foi inaugurando em 28 de setembro de 1914, pelo então Presidente da República Marechal Hermes da Fonseca.
Sua construção em forma de casamata foi um desafio à engenharia militar. As paredes externas voltadas para o mar, de 12m de espessura, acolhe os canhões alemães Krupp (305mm, 190mm e 75mm) assentados em cúpulas encoraçadas e giratórias. Vinda de laguna, Santa Catarina, a 6ª Bateria Independente de Artilharia de Posição, instalou-se no Forte iniciando a História da, á época, mais moderna praça de guerra da América Latina.
O Forte foi palco do mais dramático acontecimento do Movimento Tenentista, a “Epopeia dos 18 do Forte”, ocorrida em 05 de julho de 1922.
O Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana oferece para seus visitantes, de terça a domingo, uma visita mediada por guias formados no próprio Museu, de terça a sexta, nos horários das 10h e 13h; sábados e domingos nos horários das 12h e 14h.

Forte de CopacabanaPraça Coronel Eugênio Franco, n. 1 – Posto 6 – Copacabana
Tel.: 2287-3781
Diariamente, das 10h às 18h

6/22/2017

Novo espetáculo da Turma da Mônica chega ao RJ!


Turma da Mônica encena clássicos da literatura em inédito espetáculo musical.

A Turma da Mônica traz para os palcos uma nova superprodução baseada em clássicos da literatura. O espetáculo musical Era uma Vez uma História de Príncipes e Princesas estreia em curtíssima temporada.

Com um cenário que parece saído de um livro de contos de fadas, com palácio e florestas, a fábula acontece em ambiente incrivelmente lúdico e inspirador para um público de todas as idades. Os pomposos figurinos e as inspiradoras músicas foram criados primorosamente sob medida nos estúdios Mauricio de Sousa e dão o clima fantasioso para que a Turminha mais conhecida do Brasil traga em cena referências a inesquecíveis personagens clássicos da literatura mundial, como Chaupezinho Vermelho e o Lobo Mau, Cinderela e seu Príncipe Encantado, Branca de Neve, seu Príncipe Florian e a Bruxa Má, Bela Adormecida e Phillip, Capitão Gancho e até mesmo o Gigante do Pé de Feijão.

Era uma Vez uma História de Príncipes e Princesas é um inédito espetáculo musical embalado por surpresas, suspenses e muita aventura, numa história encantada, onde superar desafios pode fortalecer laços de amizade, união e respeito.

Sob a direção geral de Mauro Sousa, diretor da Mauricio de Sousa AO VIVO, e supervisão do criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, o musical tem 60 minutos de duração e conta com a coprodução da Chaim Produções. São mais de 60 profissionais envolvidos, 12 atores e bailarinos e iluminação de Nei Bonfante. A temporada de 2017, que começa em São Paulo e depois segue para o Rio de Janeiro e mais oito cidades e é apresentada pelo Ministério da Cultura. Conta com o patrocínio da BrasilPrev e com os apoios do Rio Quente Resorts, Parque da Mônica, Pais e Filhos, além da transportadora oficial Avianca. Tudo sob a realização da Mauricio de Sousa Ao Vivo, Chaim Produções e Lei Federal de Incentivo à Cultura.

SERVIÇO

Data: 24/06, 25/06, 01/07 e 02/07/2017 – Sábado e Domingo
Local: Oi Casa Grande
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco nº290 - Loja A - Leblon, RJ, 22430-060
Horário do evento: 16h (para as duas datas)
Abertura dos portões: 15h (para as duas datas)
Classificação etária: Livre.

BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA

Oi Casa Grande
Av. Afrânio de Melo Franco nº290 - Loja A - Leblon, RJ, 22430-060
Terça e quarta-feira das 15h às 21h
Quinta e sexta-feira das 15h às 21h30
Sábados das 15h às 22h
Domingos das 15h às 20h30

Venda e retirada de ingressos

RETIRADA DE INGRESSOS COMPRADOS PELA INTERNET:
Retirada disponível a partir de 3 (três) dias antes da data de cada evento. Os ingressos para as sessões só poderão ser retirados na bilheteria do Teatro Oi Casa Grande


PONTO DE VENDA – SUJEITO A COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA

FNAC – Barra Shopping
Av das Américas, 4666 - b101 a 114 - Barra da Tíjuca, RJ
Segunda a sábado das 10h às 20h
Domingos das 13h às 19h
Feriados das 15h às 19h

Somente venda de ingressos

MEIA-ENTRADA

Confira aqui as leis de meia-entrada, identificando quem tem direito ao benefício e os documentos comprobatórios.

Crianças de até 02 anos, permanecendo no colo dos pais ou responsáveis, possuem gratuidade.

Crianças de 02 a 06 anos possuem desconto de 50%.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Camarote e os dois Balcões localizam-se no piso superior do Oi Casa Grande

Camarote possui numeração, porém os assentos dentro dos camarotes são por ordem de chegada.


Fonte: Turma da Mônica no Facebook e Eventim.com.br

6/21/2017

Aulas SUSPENSAS no CAp UFRJ no dia de hoje 21/06/2017

Atualizado às 15:00 - 21/06/2017

Bom dia à Todos,

Devido as fortes chuvas que começaram no fim da tarde de ontem (20/06 - terça-feira) e continuaram até esta manhã (21/06 - quarta-feira), o bairro Lagoa ficou completamente alagado! O rio que passa atrás do Colégio de Aplicação da UFRJ, paralelamente à rua J.J. Seabra transbordou, inundando o colégio. Então, a direção decidiu suspender a aula na data do dia 21 de junho de 2017.

Segue os prints das páginas do CAp UFRJ no Facebook e do Grêmio do CAp UFRJ, como também do site oficial do Colégio de Aplicação da UFRJ e do APACAp.

O coordenador Edimilson avisou algumas Mães Representantes do Turno da Tarde que as atividades de hoje dia 21/06/2017 foram suspensas devido às chuvas no Rio de Janeiro.




 








Fonte: Cap.ufrj.br e APACAp

6/16/2017

Forte Duque de Caxias - Forte do Leme

Forte do Leme
Forte do Leme
O passeio começa com uma caminhada ecológica. É uma subida de 800 metros numa estrada de paralelepípedo arborizada pela Mata Atlântica em meio a Área de proteção ambiental. No topo se encontra o forte, onde se contempla uma das mais belas vistas do Rio de Janeiro, incluindo uma vista panorâmica de toda orla de Copacabana, Pão de Açúcar, Cristo Redentor e Niterói.
 
Forte Duque de Caxias
Praça Almirante Júlio Noronha s/n – Leme
Tel.: 3223-5076
De terça a domingo, das 9h30min às 16h30min
R$4,00  (maiores de 65 anos e menores de 10 anos estão isentos)
 

6/15/2017

10 desenhos infantis que promovem a igualdade, por Paola Rodrigues

Paola Rodrigues é escritora, roteirista e mãe. Escreve nos blogs Cartas para Helena  e Não Pule da Janela, onde discute temas que englobam a maternidade e sociedade.
Neste post ela discute a qualidade das produções infantis no universo dos desenhos animados. "Crianças merecem conteúdo de qualidade. Desenhos e filmes igualitários, longe de sexismo, que desenvolvam a criatividade e relações positivas", defende.
Para dar novas possibilidades às famílias, ela listou 10 desenhos infantis inteligentes que não misturam marcas com diversão.
Confira
1. O Show da LunaDisponível no Youtube


Está é uma produção nacional, ponto positivo, que tem como protagonista uma menina chamada Luna, que é como toda criança: uma cientista. Ela, seu irmão Júpiter e o furão Cláudio – sim, como o Imperador Romano historiador e escritor – vivem aventuras para solucionar a maior questão do desenho “Porque isso está acontecendo?”.
Primeiro temos um desenho muito bem feito, tanto artisticamente, quanto em roteiro. Os diálogos são divertidos, os assuntos sempre muito interessantes, a ponto de que a família se reúne na sala para ver junto.
Em segundo, temos uma protagonista menina, que usa roupas normais, nada rosa, nada fofo, nenhum esteriótipo. Ela ama seu irmão e se aventura com ele. A família de Luna não só incentiva, como participa dos experimentos. As questões são reais e a argumentação é sempre muito bacana.
Um desenho que incentiva perguntas, descoberta e a real exploração do potencial infantil é sempre fantástico.

2. Que monstro te mordeu?Veiculado pela TV Cultura com 50 episódios no canal do Youtube


Não é para crianças muito pequenas, já que sua temática é bem reflexiva.
Lali é uma menina meio monstro que foi convidada para o concurso Monstro do Universo por seu amigo Romeu Umbigo. E é nesse mundo cheio de monstros coloridos, um cenário maravilhoso, músicas originais e divertidas, que vemos Lali se deparando com sentimentos que podem transformar humanos em monstros quando não discutidos.
Na história temos temas como inveja e raiva, sempre abordado de forma muito lúdica e sincera.

3. Bino and FinoAlguns episódios no Youtube


Este é um desenho produzido na Nigéria e que infelizmente não possui tradução ou legendas em português, mas a importância dele já se mostra exatamente por isso: conhecemos apenas uma versão da história do continente africano.
Uma escritora nigeriana Chimamanda Adichie falou certa vez em um palestra no TED sobre os perigos da história única, como somos apresentados sobre uma versão dos fatos e criamos esteriótipos perigosos. O desenho conta a história de dois irmãos que são criados pela avó e é um retrato muito colorido, divertido e inteligente do que [agora] é a realidade na Nigéria.
4. Charlie e LolaVeiculado pela TV Cultura e disponível no Netflix


Lola é uma menina muito, muito energética e cheia de imaginação e, felizmente, possui um irmão carinhoso, que lhe ajuda a dar asas para suas histórias.
O mais legal é ver como eles constroem as histórias. Muito simples, muito doce e sempre com situações onde Charlie explica pacientemente coisas para Lola.
5. Milly e MollyAlguns episódios estão no Youtube


Desenho produzido pela Discovery Kids é uma adaptação da obra da neozelandesa Gill Pittar.
É muito, muito raro encontrar desenhos cujo protagonista não seja branco. O erro é em fazer com que crianças vejam desenhos que não condizem com sua realidade. O mundo não possuí só uma cor, uma língua e uma forma de ver as coisas. Essa é a grande importância de buscar desenhos com diversidade e que respeitem isso de forma leal. Este é o caso. Milly e Molly vivem aventuras, mostram o valor da amizade, discutem assuntos sobre a vivência infantil, quando tantos sentimentos e problemas estão se apresentando pela primeira vez.

6. Meu amigãozão
Disponível no Netflix


Produzido por dois estúdios, um brasileiro e um canadense, o desenho tem uma arte impecável, um roteiro legal e histórias que ensinam o valor da amizade; passeia por questões como egoísmo e brincadeiras que não funcionam.
Yuri, o personagem principal, possuí o melhor amigãozão da história, um elefante azul gigante.
Cada personagem tem seu amigo e com eles vive aventuras, promovendo uma linda sensação de trabalho em equipe e de como podemos buscar experiências inusitadas em lugares óbvios.
7. Garota SupersábiaVários episódios no Youtube

Rita Bastos (sim, ela é latina!) é uma super-heroína que combate os vilões dando uma aula de português. Uma menina latina, que se parece uma menina latina, o que é mais raro ainda, que caiu na Terra junto com seu macaco, O Capitão Caretas. Não bastante, os vilões tem nomes como: Doutor Cerebro de 30 Rato, Teodoro Tobias 3º e Dona Redundância.
É um desenho muito bem produzido, escrito, divertido, com sentido e a representação dos personagens e da heroína é fantástico.

8. Peg+GatoVários episódios no Youtube


Um desenho para crianças pequenas, que consegue conversar sobre números de forma didática e divertida. Usam a dinâmica de que aquilo poderia ter sido rabiscado por uma criança.

9. Inami
Veiculada na TV Cultura com alguns episódios no Youtube

Produção francesa que conta a a história de um jovem índio na Amazônia. O desenho não foca em relações familiares, que era o forte da cultura indígena. Mas, para pessoas que querem que os filhos tenham contato e apreciem um desenho divertido, Paola acha que é uma boa opção.
10. Tromba TremVeiculado pela TV Cultura


Mais um brasileiro para a lista, só que este tem uma das histórias mais bacanas que já vi [e tanto socialista, vá].
Gajah é um elefante indiano que se perdeu e vai parar na Floresta Amazônica. Sem memória, ele conhece uma tamanduá chamada Duda, que é super simpática e vegetariana. Depois de entrar numa disputa com uma colônia de cupins cuja Rainha tem certeza que é de Kapax, eles viajam pela América Latina.
Cada episódio se passa num país e é muito divertido. Em cada lugar tem um novo personagem, que caracteriza a cultura local e Duda é sempre muito doida.
Ok, eu fico vendo esse desenho. Me julgue.
Confira aqui todos os comentários da Paola sobre as produções.

Fonte: Catraquinha Livre

6/14/2017

Patricia Auerbach e Aline Abreu: manifesto pelos espaços em branco na vida e na literatura infantil

 

06.07.2016
O nome da mesa era “Diálogos: texto e imagem”. Tanta coisa cabe nesse diálogo, não é? Às vezes, um fala mais do que outro; assim, quem está do lado de cá – o leitor – pode ouvir mais. E o livro acontece. Porque literatura é acontecimento, se não é outra coisa.
 
As autoras Patricia Auerbach e Aline Abreu conversaram com os pequenos e grandinhos da plateia da Flipinha na última sexta sexta (01) sobre o que pode acontecer durante esse tal diálogo. Acabaram tocando em questões urgentes não só do livro, mas da sociedade: a importância do silêncio, o excesso de informações a que submetemos as crianças, o valor do tempo ocioso, entre outras. Sorte de quem estava lá para ouvir. Aqui, tento puxar pela memória o que de mais potente foi dito por lá.
 
Em busca dos pontos comuns entre as obras das duas autoras, a mediadora e também escritora Anna Claudia Ramos – curadora da Flipinha 2016 –, foi procurar na infância delas a possível explicação para fazerem o que fazem. “Quando eu era criança, brincava com tatu bola, mexia na trilha das formigas, e, quando eu tô escrevendo, isso volta com muita força. Lembro que, enquanto meus primos ficavam correndo lá fora, eu preferia ficar dentro de casa, do lado da minha bisavó, ouvindo as histórias dela. Pensando agora (porque quando alguém pergunta a gente é obrigado a pensar), acho que vem daí meu gosto pelas histórias”, contou a ilustradora e escritora Aline Abreu. E então, como quem diz algo muito simples, sem mirar na poesia mas acertando em cheio, ela continua: “Eu gosto das coisas que não existem mais”.
 
Aí está uma definição muito possível se alguém nos pergunta o que é literatura, afinal, o que é a ficção senão as coisas que não existem mais, ou que não poderiam existir nunca, não fossem as histórias?
 
Autora de mais de dezenas de livros, Aline escreveu e ilustrou o delicado Menina amarrotada (editora Jujuba, 2014), que inventa um novo adjetivo para definir o sentimento de uma menina que é obrigada a lidar com a perda.
 
Na mesma toada, Patricia Auerbach contou sobre o nascimento do belíssimo Coisas de gente grande (Cosac Naify, 2015) com um lirismo incalculado. “Este livro é minha tentativa de dizer o que é a infância" - conta, lembrando que a ideia para escrevê-lo surgiu durante uma aula do curso de Pedagogia, quando uma professora perguntou “O que é casa?”, e a autora se viu obrigada a refletir sobre como elaboramos as definições de cada coisa. Para quem não conhece, o livro é construído por páginas duplas, em que cada palavra é colocada em contraponto com a sua representação no imaginário da criança; “a palavra conta o universo do adulto, e o desenho o que passa na cabeça da criança”, simplifica a autora. Aqui, alguns exemplos.
 
 
 
O manifesto pelos espaços em branco – tanto no livro quanto na vida – foi uma constante durante a conversa. "Quando chego em escolas, sempre escuto duas coisas dos professores; ou dizem que adoram meus livros porque não tem texto e tão fácil de entender, ou que adoram meus livros mas que são difíceis de ler para os alunos porque só tem imagem. Quer dizer, a ausência da palavra é mais uma falta com a qual não sabemos lidar”, contou Patricia, sobre o retorno dos educadores em relação à mediação dos seus livros.
 
Outra questão fundamental a se pensar nesse sentido é o excesso de informações a que estamos submetidos na sociedade pós-moderna, o que faz com que não sobre espaço para o entendimento, as sensações, o encantamento. “A vida já está tão preenchida, as coisas já chegam muito prontas pra gente. Mas precisamos ensinar as crianças que o vazio é possível, sabe? É dele que surgem as coisas. Além disso, se a gente só alfabetizar para a palavra, a criança não vai dar conta de decodificar o mundo, que é muito visual”, defendeu Patricia.
 
Já para Aline, os vazios que aparecem na literatura infantil são uma espécie de devir. "O espaço em branco é como uma tela onde podemos projetar as coisas”, explica. A autora falou também sobre o papel do artista nesse contexto todo. “A Clarisse Abujamra diz que ‘ser artista no Brasil não é escolha, é diagnóstico’. E é muito isso, porque se a gente não faz, enlouquece. A imagem dentro desses livros é literatura, e deve ser lida como literatura. A gente fica sonhando que isso que a gente faz vai melhorar o mundo de alguma forma".

Créditos das fotos: Mariana Vergara
 

6/09/2017

Fazendinha Novo Leblon

fazendinha novo leblon
 
O espaço, dentro do condomínio Novo Leblon, na Barra, é um presente para os pequenos, pois além de atender aos moradores, é aberta ao público em geral.
A Fazendinha é um espaço onde é possível alimentar cabritinhos e conhecer de perto vários outros animais de fazenda – patos, marrecos, galinhas d’angola, perus, gansos, vaca, touro, cavalo, coelho. Um espaço ao ar livre, agradável e arborizado, com alamedas que levam à casa grande e mesinha de jogos.
 
Fazendinha Novo Leblon
Rua Fala Amendoeira, Condomínio Novo Leblon – Barra
De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e 13h às 14h; sábados e domingos, das 9h às 14h
Gratuito

Fonte: Roteirinho Carioca

6/08/2017

Criando Asas


(Texto adaptado)

"Hoje, saímos de casa, peguei o celular pra chamar 'o motorista particular no aplicativo'. 'Mãe! O ônibus tá passando! É mais rápido!'"

Quando eu tinha a idade do Pedro, ou um pouquinho mais, estava em Montevideo e minha mãe achou mais prático pegar um ônibus na frente do hotel para irmos a algum lugar. 
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Ônibus? Eu? 



Nunca tinha entrado num ônibus. Nasci com ela me levando e buscando de carro para todos os lugares, e ainda tinha o Beto, meu fiel escudeiro e cúmplice: o motorista da mãe para ajudar conosco, com a casa, e com o pai que passava o dia no Consultório. 
                          
Mas ônibus… Bah mãe, Taxi?! VAN!?
       
Meu irmão do meio, que pelas minhas contas deve ter nascido já com a mochila nas costas, me larga um grito:
– Ô guria! Qual o problema? Se tu não sabe pegar um ônibus aqui não vai saber em lugar nenhum. E se precisar?
Precisou. 
A gente cresceu, do colégio pra vó era de VAN Escolar, pega na frente larga na frente! Eba! Casa daVó!
Depois viajamos com a minha outra avó que nos despachou os dois rio-poa, ele doze eu oito.
Emoção.
Mais tarde íamos e voltávamos de uma praia no Uruguai que nem tinha rodoviária de ônibus! O pai fazia a autorização no passaporte: “permitido viajar desacompanhado”!
Meu irmão era meu guia de coragem e transportes públicos.
Lembro bem de meu ano de mochila que liguei pra casa de um lugar chamado “Isle of Skyes”. E ele calmo me perguntou: Tu sabe onde estás? Eu: Claro! Escócia! Highlands! Peguei o backpaking que tu indicou!
– Sim. Mas olha o mapa. Só pra saber que estás quase na Groenlândia!!!
O  mapa era grande pacas!
Há alguns meses atrás eu e o Pedro íamos de carro para a mesma praia, da qual ele voltaria com o motorista, depois de ficar uns dias com a avó, quando a mãe desavisada superou um limite de velocidade. Ok. Estamos sem carro.
E agora? E o Pedro?
Contrato um motorista, ponho na van, usamos 'o motorista particular no aplicativo'todos os dias?
Tudo financeiramente se equiparava. Ele escolheu:  'o motorista particular no aplicativo', VAN Escolar, e da escola pra vó a pé.
-Acho legal VAN Escolar!
Claro, sempre super bem acompanhado, em horários razoáveis.
Embora neste mês esteja me sentindo mais segura na VAN Escolar e no  'motorista particular do aplicativo' do que com ele no carro.
Opiniões. Escolhas.
Hoje, saímos de casa, peguei o celular pra chamar  'o motorista particular no aplicativo'. 
– Mãe! O ônibus tá passando! E esta vai pelo IPA! É mais rápido.
Das coisas da minha cidade que aprendi com o Pedro é a eficiência do transporte público, ar condicionado, motoristas em sua maioria cuidadosos, rotas bem explicadas (pena que este exemplo não é no Rio de Janeiro). E com meu irmão, hoje pai, médico, e eterno viajante um aplicativo que me dá todas as opções de como me mover.
Como se eu estivesse em Paris, como diria a Clarice, sem estar, penso o que posso estar onde quiser.
E tenho aproveitado a viagem: pessoas, referências, conversas, troca de experiências. 
A vida virou uma crônica cotidiana para mim.
Das coisas que o Pedro está aprendendo neste mês não sei, são muitas, mas acredito que quando ele por a mochila nas costas, se assim o quiser, não vai se apavorar com o metrô de Paris e sua confusão de linhas, nem muito menos gastar um ticket pra andar uma quadra e meia por baixo da terra achando que em Londres cada estação deve ter 10km entre uma e outra. 
Este cara já foi. Mais longe que eu.
Paguei a multa e já comprei a mochila.

6/07/2017

A cultura tradicional do Baixo Amazonas: de crianças para crianças

 

 
 
 
Marie-Ange Bordas é um ser em constante movimento. Com formação em Jornalismo, seu campo de ação se estende para a fotografia, escrita, antropologia, ciência social, artes plásticas. Mas o que talvez defina muito melhor o que ela faz está num verbo simples: escutar. Escutar e ser “artista-ponte”, como ela diz.
 
Por isso é que seu mais novo lançamento, o livro infantil “Manual das crianças do Baixo Amazonas”, faz barulho na urgência atual de falar sobre a criança que cresce longe do que conhecemos como civilização moderna. Que saberes elas têm? Afinal, há um componente universal em toda infância que faz a criança ser criança onde quer que ela esteja? Que tipos de conhecimentos é possível transpor para a cidade?
 
O livro faz parte do “Tecendo Saberes”, projeto com três anos de atuação em diversos cantos do Brasil. Em 2014, ele visitou as crianças de comunidades quilombolas do Baixo Amazonas (Pará) e do povo indígena Huni Kui do Rio Humaitá (Acre). O produto desses encontros são livros e DVDs que defendem a preservação e conhecimento dos saberes da cultura tradicional brasileira. 
 
O mais recente, “Manual das crianças do Baixo Amazonas”, acaba de ser lançado em São Paulo, durante uma oficina no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, e foi feito no Pará, por mais de 100 crianças e jovens de cinco comunidades extrativistas remanescentes de quilombos: Mondongo, Cachoeira Porteira, São José , Cuecé e Silêncio. O livro ganhou uma tiragem de 1.200 exemplares, e por ora não será comercializado, mas qualquer pessoa pode fazer download no site do projeto (clique aqui para acessar), e chegará às mãos das crianças dos locais visitados. Uma das premissas fundamentais do projeto, segundo Marie, é o retorno às comunidades, que se deu em parceria com as Secretarias Municipais da Educação das cidades de Obidos e Oriximina. Além do lançamento e distribuição por lá, houve formação para professores locais para utilização dos livros em sala de aula.
 
 
Os pequenos leitores que acessarem este livro vão saber da boca de outras crianças que foram os escravos africanos, trazidos para a Amazônia para trabalhar nas fazendas de cacau, algodão e cana-de-açúcar, que fizeram esse chão por onde muitas delas podem passar nas férias. Vão saber que, se nossos antepassados índios não tivessem compartilhado o que sabiam sobre a mata, não teríamos chegado onde chegamos. Vão aprender sobre ancestralidade, memória, oralidade, e absorver a valorização do tradicional por meio da empatia e identificação.
 
Afinal, todo o conteúdo que está no livro não veio só do significado histórico, mas da importância que as crianças dão àqueles conhecimentos tão cotidianos. Quando uma criança da cidade aprende ou que, no Baixo Amazonas, barco é carro e água é estrada, ou que quando uma criança de Mondongo (comunidade tradicional da região) diz que o rio “tá de carneirinho”, está se referindo à maresia, ela automaticamente reconhece aspectos importantes para o entendimento da cultura.
 
Quando perguntam sobre suas estratégias de aproximação com essas comunidades, Marie conta que um dos seus métodos de escuta com as crianças é justamente não ter método nenhum. A proposta do projeto é chegar até as crianças nunca com algo pré-definido, mas sim escutando as suas necessidades e anseios, querendo saber o que ela quer contar, e a partir daí, criar uma narrativa com os seus saberes mais intrínsecos. “O ideal pra mim não é que as crianças façam o livro, mas que elas pensem no livro, em como ele pode ser", conta a idealizadora do projeto.
 
Nesse sentido, Marie defende a desescolarização do conhecimento sobre povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, entre outros, libertando a palavra “tradicional” do ranço de preconceito e endurecimento que normalmente recai sobre ela. “Tradição é uma coisa em movimento, e as crianças estão construindo tradição”, explica.
 
 
Outra preocupação do projeto é, durante as oficinas, sempre partir do não conhecimento, deixar de lado as ideias pré-moldadas sobre um povo ou uma cultura. “O índio sempre aparece na sala de aula como índio, não como criança. É apresentado não como um indivíduo, mas como uma matéria a ser estudada”, destaca a artista, ressaltando que conceitos muito básicos como “o que é casa?” variam muito de um lugar para outro, e, para contar uma história, é fundamental considerar o que cada criança pensa sobre ela. “A identidade cultural é um fator de resiliência, e para entender isso é preciso compreender os conceitos de cultura, família e lar a partir do ponto de vista de quem vive aquela realidade”.
 
Quem folheia o livro, tão rico em detalhes e visivelmente criado por muitas mãos, pode pensar: mas como fazer isso? Um dos segredos é olhar para o outro não a partir do que nós somos, mas a partir do que ele é. “O importante é ressignificar o entorno das pessoas a partir da sensibilização de diversos sentidos – olhar, olfato, audição. Respeitar a subjetividade e os valores da cada um, decifrar criticamente as representações de fora e descontruir discursos adquiridos”, pondera Marie.
 
A arte como espaço de liberdade e de fazer política
 
De família metade francesa e metade gaúcha, Marie-Ange incorporou cedo o título de cidadã do mundo, e saiu de casa com 15 anos. Morou na Austrália, na Europa e em diversos países da África, quase sempre trabalhando com crianças e identidade cultural. “Eu sou nômade por opção. Por isso, quero entender a realidade daqueles que não tiveram escolha. Quero desenhar outras formas de estar no mundo”, diz.
 
Marie se refere não só a pessoas em situação de refúgio e guerra, mas também àqueles que são obrigados a deixar suas terras para viver em outro lugar, que se deslocam de seu chão seguro e perdem com isso a própria identidade, como acontece com tantas comunidades ribeirinhas das cinco regiões do Brasil, principalmente em áreas alagadas por construções.
 
Confrontar os pequenos com uma realidade que faz parte do Brasil a partir de relatos pessoais das próprias crianças que a vivenciam é um jeito de horizontalizar o conhecimento, transmitir o peso, as cores e o cheiro da experiência - experiência esta que talvez ela não tivesse de outa maneira. “Reportar não é suficiente, eu quero interferir na realidade. Por isso é que eu busquei a arte, que é um espaço de liberdade. Ser artista, pra mim, é agir como um ser político. Temos a obrigação de articular mundos”, explica Marie.
 
Seus projetos participativos de arte, alfabetização visual e mídia independente são a forma que ela encontrou para chamar o resto do mundo para uma conversa sobre o valor de aspectos tão afastados da infância urbana, como a preservação da memória dos que passaram por aqui antes de nós e a relação com o outro. O "Manual do Baixo Amazonas" não fica só na publicação, e, como continuidade do projeto, cita a diversidade de ações em torno do livro. "Criamos diversas atividades para que o conteúdo transcendesse o número de exemplares impressos e pudesse atingir crianças de todo o Brasil. Além do blog e da página Facebook, temos a "programação "Tecendo Saberes", disponível para ser apresentada em centros culturais, escolas, bibliotecas, feiras, e que consiste em espetáculo de contação de histórias, sessão de cinemia comentado, exposição, bate-papo com atividades de sensibilização à temática e oficina de mediação para educadores e bibliotecarios"
 
Outro aspecto de continuidade é o cuidado com todos os que participaram - direta ou indiretamente - dos livros norteia todas as ações do projeto: voltar para apresentar o resultado do trabalho. Os mais velhos da comunidade receberam com emoção o livro já pronto, e Vó Luzia, matriarca do Mondongo, decretou: “Agora a gente já pode morrer porque tudo nosso já esta guardadinho aqui neste livro”.
 
Devolver para a comunidade em forma de livro uma história que já é deles configura uma das premissas principais de um trabalho de preservação de memória, e simboliza a maneira como cada um que passa por um lugar também passa a fazer parte dele, das pessoas, da História.
 
Durante o lançamento do livro em São Paulo, Marie citou um pensamento de Hanna Arendt: É preciso “confiar na palavra e na ação como modo de vivermos juntos”.
 
 Fonte: Garimpo Miúdo