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5/25/2015

Carta aberta da APACAp sobre a possibilidade de greve

25 Mai Caras professoras e professores, estamos mais uma vez às vésperas de uma possível greve na educação. Em primeiro lugar, gostaríamos de dizer que somos solidários na luta pela valorização do magistério e por condições dignas de trabalho, ensino e estudo.
Ser aluno da educação pública é uma experiência nem sempre fácil. As notícias sobre interrupções de aulas no ensino público são temas recorrentes nos noticiários. Recentemente, o país se chocou com a brutal repressão aos docentes do Estado do Paraná.
O CAp UFRJ é uma instituição tradicional na universidade, e há décadas cumpre importante papel para a formação de professores, pesquisadores e alunos. Os desafios, entretanto, para manter o seu bom funcionamento têm sido inúmeros: há déficit de professores efetivos, baixo orçamento para conservação e modernização de suas instalações e sua sede possui evidentes limitações frente às necessidades de prover bem estar, segurança e conforto para a sua comunidade acadêmica.
Nos últimos anos, a comunidade escolar do CAp UFRJ vivenciou duas greves, em 2011 e 2012, sendo esta última, no contexto da greve das instituições federais de ensino do país. Os alunos e familiares do CAp ainda sentem os efeitos de tais acontecimentos, não apenas na memória, mas também nas consequências pessoais e acadêmicas que estas representaram.
A vivência de uma greve não impacta igualmente os alunos de graduação, pós-graduação e os alunos do CAp. A maioria dos alunos do CAp são crianças e muitas não possuem autonomia e tampouco maturidade para compreender os sentidos de uma greve. Pela sua condição de vulnerabilidade social, a vivência do período de privação de aulas pode significar o isolamento, o desânimo com o estudo e o confinamento doméstico.
Faz-se necessário reconhecer, portanto, a especificidade das crianças e adolescentes que são alunos da UFRJ: não apenas pelas idades a partir dos 6 anos como também pelo calendário escolar diferenciado. O ano escolar, no CAp UFRJ, começa antes e termina depois do ano previsto para a graduação e pós-graduação. Assim, quando a crise nos serviços terceirizados adiou por alguns dias o início das aulas da graduação, este atraso implicou num prejuízo de 6 semanas para a comunidade Capiana.
Tais questões nos levam a perguntar: será que a singularidade dos alunos do CAp e de seus professores não merecem ser consideradas como excepcionais num cenário de greve da universidade? Será que conferir um tratamento “igualitário” entre crianças e adultos é o mais justo e, inclusive, o mais correto frente ao nosso ordenamento jurídico? Como proceder para proteger os segmentos mais vulneráveis da universidade num contexto de greve e o que fazer para reduzir danos a indivíduos em uma etapa tão fundamental do seu desenvolvimento e processo de formação para a cidadania?
A comunidade de mães, pais, responsáveis e alunos do CAp reafirma aqui o seu compromisso na luta pela valorização da educação pública e pelas condições de trabalho de seus professores e de estudo para seus alunos. Mas ao mesmo tempo, aqui estamos para pedir-lhes que considerem também as necessidades e vulnerabilidades das crianças e adolescentes do CAp, principalmente em tempos de greve, sendo oportuno refletir sobre a adoção de estratégias para redução de danos e proteção aos mais fragilizados.
APACAp – Associação de Pais, Alunos e Amigos do CAp UFRJ.
Rio de Janeiro, 25/05/2015

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